
1ª seção: exposição.
O vídeo começa com uma panorâmica da cidade, skyline, sons urbanos. Em seguida uma seqüência de apresentação do primeiro corpo-voz com takes breves de enquadramento bastante fechado revelando detalhes do espaço e fragmentos de corpo em movimento quase cotidiano. São criados elementos motívicos que serão reiterados pelas demais vozes (dançarinos) como por exemplo: foco na sombra, deslizar no corrimão, andar de costas. Esta seqüência é contraposta com fhashs do movimento urbano cotidiano e seqüências similares de apresentação dos outros três corpos vozes. A exposição acaba com o encontro dos quatro corpos-vozes no mesmo espaço, uma cadência.
Esta é a seção mais livre da fuga que abre espaço para a descoberta de outros espaços e movimentos, possibilidades não planejadas, improvisação de corpo e imagem. Também é a parte mais longa onde se revelam possibilidades de variação do material temático exposto na primeira seção, além da inserção de novos elementos, mudanças de tonalidade, alargamentos, contrações, cânones, inversões.
3ª seção: re-exposição, estreto e cadência final.
A seção final da fuga é caracterizada pela retomada do tema exposto no inicio da peça, porém, de forma mais intrincada polifonicamente. Os motivos expostos no início do vídeo são reiterados
a cratera de mineração atrás da serra do curral...
A Serra do Curral, eleita em 1994 símbolo da capital mineira, cerca Belo Horizonte limitando seu crescimento ao Sul, como um curral: de um lado da linha de montanhas uma cidade de excessos, do outro, montanhas ocas e resíduos da mineração. Uma paisagem estranhamente bela.
Assistam a este vídeo. Mesmo que não gostem de música barroca, da pra perceber a engenhosidade da estruturação da peça musical.
ResponderExcluirA forma proposta para de nossa videodança asemelha-se com a forma de uma fuga bachiana.